segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais podem prescrever órteses e próteses


Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais têm mais uma grande razão para comemorar: a partir de agora, o Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece o direito desses profissionais de prescrever “órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico”, por meio da publicação da Portaria SAS/MS N° 661, de 2 de dezembro de 2010. Tal conquista amplia significativamente a atuação dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais no SUS e em clínicas e hospitais particulares por todo o país. Essa vitória é fruto do empenho do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), que atua nesta causa há mais de um ano, realizando diversas reuniões junto ao Ministério da Saúde. “A inclusão das órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais significa o reconhecimento da atuação desses profissionais nestas áreas pelos ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego” afirma o conselheiro do Coffito, Adamar Nunes. Entre os procedimentos incluídos, estão a prescrição de calçados ortopédicos, muleta axilar, prótese mamária, cadeira de rodas, andador, palmilhas, coletes, cintas e outros.
Para acessar a lista completa das órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico, incluídos na CBO dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais, siga as orientações abaixo:

  1. Acesse sigtap.datasus.gov.br;
  2. Clique em “Acessar tabela unificada”;
  3. Clique em “Procedimentos”;
  4. Clique em “Publicados”;
  5. Clique em “Consultar”;
  6. Na guia “Grupo”, selecione a opção “07 – Órteses, próteses e materiais especiais”;
  7. Na guia “Sub-Grupo”, selecione a opção “01 - Órteses, próteses e materiais especiais não relacionados ao ato cirúrgico”;
  8. Na guia “Forma de Organização”, selecione a opção “01 – OPM auxiliares da locomoção” ou a opção “02 – OPM ortopédicas”;
  9. Na guia “Competência”, selecione “01/2011”;
  10.   Clique na lupa (localizar);
  11.  Após isso, clique nas órteses, próteses e materiais especiais de sua escolha quando, então, abrirá uma página com todo histórico deste instrumento;
  12. Clique, então, na guia “CBO”, localizada na parte de baixo da página.  
Fonte:  http://www.coffito.org.br/

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Acupuntura para melhorar dores musculares

Apesar da matéria abaixo ter sido escrita em 19/08/2008, é de extrema importância. Com o aumento do número de praticantes de atividades esportivas, também aumentam o número de lesões. A acupuntura é uma alternativa bastante interessante reduzindo a necessidade de medicamentos e técnicas mais complexas, muitas vezes possibilitando uma recuperação em tempo menor.

 

Acupuntura para melhorar as dores musculares




Pesquisa norte-americana afirma que a técnica milenar ajuda a aliviar a dor




Um estudo do grupo Cochrane, especializado em pesquisa na área da medicina alternativa, comprovou por meio de testes que o tratamento com a acupuntura reduz em até 30% as dores musculares ocasionadas por lesões, tanto as causadas por rotina de trabalho quanto as esportivas. O tratamento natural reduz, ainda, a necessidade do uso de medicamentos ou técnicas mais complexas, como a fisioterapia, e possibilita uma recuperação em tempo menor, afirmam os especialistas.
Marcos Marinho Bernardini, terapeuta especializado em medicina oriental e acupuntura, concorda. “A acupuntura trabalha com o equilíbrio energético do organismo, e acredita que todo o funcionamento do nosso corpo acontece em conjunto e, por isso, deve ser tratado em conjunto”, explicou.
Quando você sente dor, portanto, significa que ela está ligada a outros pontos do organismo. E só trabalhando cada parte do corpo é possível estabelecer o equilíbrio necessário para não sentir dores musculares. “A partir do diagnóstico do desequilíbrio, que é a causa da dor, é possível tratá-lo de maneira eficaz”, disse Bernardini.
Como tratar a melhora das dores musculares é perfeitamente possível pelas terapias naturais, esta opção saudável e sem contra-indicações ganhou a preferência de muitos esportistas. É cada vez mais comum a utilização destes métodos por quem corre para evitar dores nos músculos. Outra vantagem da utilização da acupuntura é o trabalho de aumento da performance e agilidade, garantido pelos especialistas.
“Quando as competições aparecem, os riscos de lesões tornam-se maiores. A musculatura do atleta é sacrificada e a acupuntura possibilita que o lesionado recupere-se satisfatoriamente e volte à ativa o quanto antes”, afirmou o terapeuta.
Manter os olhos abertos quando receber uma prescrição de medicamentos também é importante. O uso dos fitoterápicos, remédios naturais à base de ervas e folhas, tem contribuído bastante com os tratamentos musculares dos praticantes de atividades físicas. Assim como a acupuntura, essas fórmulas agem de maneira a equilibrar os elementos afetados pela dor e pelo desconforto, com a vantagem de não apresentar efeitos colaterais.

Fonte:
http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=1472&idCanal=7&stCanal=1

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

UNESCO inclui Acupuntura como Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade

ACUPUNTURA: PATRIMÔNIO CULTURAL INTANGÍVEL DA HUMANIDADE PELA UNESCO.

Na sessão do Comitê Intergovernamental para Garantia unesco do Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade, da UNESCO,
presidido pelo Dr. Jacob Ole Miaron, PhD, CBS, natural do Kenya, em reunião realizada em Nairob, no dia 19 de novembro de 2010,
foi aprovada a inclusão da Acupuntura como Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade, nos termos da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, instituída em 17 de outubro de 2003.

SIGNIFICADO DESTA DECISÃO

Trata-se de uma medida da maior importância na salvaguarda de um dos mais
destacados aspectos do campo da medicina chinesa, a Acupuntura, resultante
de gestões do Governo da Republica Popular da China junto à UNESCO.

Trata-se de iniciativa para salvaguardar as teorias e as práticas da
Medicina Tradicional Chinesa ameaçadas pelo processo de globalização e por
tentativas de impor uma hegemonia do campo da medicina ocidental
contemporânea sobre o campo da medicina chinesa. As declarações da
Secretária do Comitê, Ms. Cécile Duvelle, sobre o significado de medidas de
salvaguarda do patrimônio cultural da humanidade.

A CONVENÇÃO FUNDAMENTA-SE NOS DIREITOS HUMANOS

É importante observar que a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial
fundamenta-se em instrumentos internacionais existentes de defesa dos direitos humanos, em particular à Declaração Universal dos Direitos do
Homem, de 1948, ao Pacto Internacional sobre Direitos Económicos, Sociais e
Culturais, de 1966 e ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e
Políticos, de 1966. Coloca-se dentro de uma diretriz fundamental das Nações
Unidas.

FINALIDADES DESTA CONVENÇÃO

As finalidades desta Convenção são:

(a) a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial;

(b) o respeito do património cultural imaterial das comunidades, grupos e
indivíduos envolvidos
(c) a sensibilização a nível local, nacional e internacional para a
importância do patrimônio cultural imaterial e da sua apreciação recíproca';

d) a cooperação e assistência internacionais.

Por "salvaguardar", a Convenção entende medidas que visam assegurar a
viabilidade do património cultural imaterial, incluindo a identificação, documentação, investigação, preservação, proteção, promoção, valorização,transmissão - essencialmente pela educação formal e não formal – e revitalização dos diversos aspectos deste património.

No seu Artigo 11º: Funções dos Estados Partes, estabelece que compete a cada
Estado Parte:

(a) tomar as medidas necessárias para garantir a salvaguarda do património
cultural imaterial presente no seu território;

(b) entre as medidas de salvaguarda mencionadas no parágrafo 3 do Artigo 2º,
identificar e definir os diferentes elementos do património cultural
imaterial presentes no seu território, com a participação das comunidades,
grupos e organizações não governamentais pertinentes.

CONVENÇÃO FOI RATIFICADA PELO ESTADO BRASILEIRO

No dia 1º de fevereiro de 2006, com o Decreto-Lei nº 22/2006, o Congresso
Nacional aprovou a ratificação do texto da Convenção para a Salvaguarda do
Patrimônio Imaterial, celebrada pela UNESCO em Paris, em 17 de outubro de
2003. Depois de promulgado o Decreto-Lei, o Ministério das Relações
Exteriores enviou à Unesco o Termo de Ratificação.

CONSEQUÊNCIAS PRÁTICAS

Do texto da Convenção, vemos que o Estado Brasileiro, como membro da UNESCO,
tendo ratificada a Convenção, deverá, entre outtras medidas:

a) garantir a salvaguarda do patrimônio cultural da humanidade constituído
pela Acupuntura;

b) preservar, proteger, promover e valorizar a sua prática;

c) opor-se a iniciativas que busquem esvaziar sua identidade e as suas
formas tradicionais de existência;
d) apresentar periodicamente um ou vários inventários do património cultural
imaterial presente no seu território. Estes inventários são objeto de
atualização periódica em relatórios ao Comité, em conformidade com o Artigo
29º, prestando as informações pertinentes sobre os referidos inventários.

Diante deste compromisso internacional, o Estado Brasileiro não poderá
promulgar legislação que afete as formas tradicionais da prática da Acupuntura, particularmente os dispositivos do chamado "Ato Médico" e da legislação regulamentando a Acupuntura.

O Artigo 15º, referente à Participação das comunidades, grupos e indivíduos,
prevê que:

"No âmbito das suas atividades de salvaguarda do património cultural
imaterial, cada Estado Parte desenvolve esforços no sentido de assegurar a
mais ampla participação possível das comunidades, grupos e, se for caso
disso, indivíduos que criam, mantêm e transmitem esse património, e de os
envolver activamente na sua gestão."

Fonte: SOBRAFISA

O conceito Mulligan




O Conceito Mulligan foi originado pelo Fisioterapeuta Brian Mulligan, formado na Nova Zelândia em 1954, engajado no interesse em terapia manual por Stanley Paris, ainda na década de 60.

Aluno dedicado do norueguês Fred Kaltenborn, estabeleceu contatos com os principais expoentes internacionais da terapia manual, tais como Maitland, Cyriax, Elvey, McKenzie. 

 

Vem ensinando seus conceitos desde 1972 em diversos países como Nova Zelândia, Austrália, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Singapura, Portugal, sendo hoje uma das mais utilizadas técnicas de tratamento dentro da terapia manual.
Seu conceito baseava-se na teoria da falha posicional. Quando temos uma lesão ou injúria, a articulação poder assumir uma posição ligeiramente anormal, muitas vezes invisível em exames, e estas pequenas falhas posicionais levariam a restrições de movimento resultando em dor.
O tratamento fisioterapêutico das lesões músculo-esqueléticas progrediu desde sua fundamentação na ginástica corretiva e exercício ativo até movimentos fisiológicos passivos e acessórios aplicados pelo fisioterapeuta. O conceito de Brian Mulligan de mobilizações com movimentos(mobilizations with movement – MWM’S) nas extremidades e deslizamentos apofisários naturais sustentados(mantidos) na coluna vertebral(sustained natural apophyseal glides – SNAGS) constituem o caminho lógico dessa evolução. A aplicação concomitante de movimentos acessórios livres de dor pelo fisioterapeuta e a geração de movimentos ativos fisiológicos livres de dor pelo paciente, formam o princípio primário que norteiam o conceito de Mulligan.

Algumas particularidades da técnica de SNAGS:

- Realizadas com carga;
- são mobilizações combinadas com movimentos ativos ou passivos;
- seguem as regras de mobilização de Kaltenborn;
- são sustentadas e necessitam de uma pressão mais intensa no final do arco
- podem ser aplicadas a todas as articulações da coluna vertebral;
- são indolores quando realizadas corretamente e bem indicadas clinicamente

Podemos destacar além das técnicas citadas (MWM, SNAGS):

- NAGS (natural apophyseal glides);
- SMWAM (Mobilização sustentada da coluna com movimentação do membro superior – Mobilizações neuro-meníngeas);
- SMWLM (Mobilização sustentada da coluna com movimentação dos membros inferiores – Mobilizações neuro-meníngeas);
- Técnicas especiais para cefaléias, vertigens, náuseas, sintomas oriundos da artéria vértebro-basilar.

Fascite plantar na visão da Medicina Tradicional Chinesa



Dor na planta dos pés

            Na região da planta dos pés podem ser diferenciadas três áreas distintas: a bola do pé, que pertence ao canal do estômago; a área abaixo do dedão do pé, que pertence aos canais do fígado e baço; e o restante da planta do pé que pertence ao canal do rim. A dor na bola do pé é decorrente de uma deficiência do Qi do estômago com invasão de umidade nos membros ou de calor no estômago, enquanto dor abaixo do dedão do pé é decorrente de fogo do fígado ou umidade no baço.
            Dor na planta do é normalmente decorrente de uma deficiência de rim (Yin ou Yang), também com invasão de umidade.

Sensação de queimação nas plantas dos pés

            Pode ser causada por calor plenitude do fígado ou do estômago. A causa mais comum e decorrente de uma deficiência do Yin do rim com calor por vazio. Nesse caso a sensação de queimação fica pior ao anoitecer ou à noite.

Ø  Deficiência de Yin do rim com calor por vazio

Sensação de queimação nas plantas dos pés que piora ao anoitecer ou à noite, tontura, tinidos, dificuldade para ouvir, transpiração noturna, boca seca à noite, calor nas cinco palmas, sensação de calor ao anoitecer, rubor malar, sede com vontade de beber água aos golinhos, dor lombar, urina escura e escassa, insônia, língua vermelha sem saburra, pulso flutuante – vazio e rápido.

Ø  Calor no estômago

Sensação de queimação na bola do pé, dor epigástrica em queimação, sede, regurgitação ácida, náusea, fome excessiva, mau hálito, sensação de calor, língua vermelha com saburra amarela, pulso transbodante e rápido.

Ø  Fogo no fígado

Sensação de queimação abaixo do dedão do pé, dor de cabeça, face vermelha, tontura, tinidos, irritabilidade, propensão a excessos de raiva, sede, gosto amargo na boca, constipação, urina escura, língua vermelha com laterais mais vermelhas e saburra amarela e seca, pulso em corda e rápido.


 Referência Bibliográfica

MACIOCIA, G. Diagnóstico na medicina chinesa: Um guia geral, São Paulo: Roca, 2006.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tratamento da fascíte plantar através da acupuntura e Miofibrólise percutânea.



No tratamento da fascíte plantar, não é raro os sintomas persistirem, e mesmo com um tratamento apropriado, o retorno aos esportes após uma lesão crônica, pode levar 6 meses ou mais.
A acupuntura tem sido uma das técnicas adotadas por mim, para facilitar a recuperação de atletas, tanto pelo imediatismo da recuperação como por ser uma técnica segura e com poucas contra-indicações. É muito eficiente na fase aguda por ajudar no alívio da dor e inflamação. O uso da acupuntura e Miofibrólise percutãnea permite uma recuperação mais rápida.
A acupuntura [ Acu = (Latin) agulha, puntura = ( Latin) furar] é uma técnica milenar desenvolvida na china que utiliza da introdução de agulhas metálicas em pontos específicos do corpo para harmonizá-los e preservar ou desenvolver a saúde. Quando utilizado em doenças já existentes, é um poderoso ativador das funções de cura do próprio organismo.
A moxabustão caracteriza-se pela queima de uma erva chamada Artemísia para aliviar dores agudas. No tratamento é utilizada sobre a fáscia plantar e sobre determinados pontos de acupuntura.
A Acupuntura,trata dores crônicas e agudas, além de promover bem-estar geral do organismo na busca do reequilíbrio de todas as estruturas, promovendo o relaxamento físico e mental.

Obs: imagem meramente ilustrativa

A Miofibrólise percutânea é um método de tratamento não invasivo, que intervém sobre as fibroses e contraturas funcionais do tecido muscular, com o objetivo de livrar o movimento de grande parte das dores, sejam traumáticas ou inflamatórias.




Obs: imagem meramente lustrativa
A técnica conta com um aparato instrumental constituído por três empunhaduras de suporte e oito instrumentos  efetivos, cada um  com seu papel na evolução prática, respondendo a cada acesso anatômico e respeitando os fatores ergonômicos.
No início a miofibrólise percutânea não é feita diretamente sobre a fáscia plantar (para não exacerbar o processo inflamatório), e sim em estruturas adjacentes e de forma globalizada na cadeia miofascial posterior que se divide em: quadrante superior (musculatura paravertebral e glúteo); quadrante intermédio (Ísquios tibiais) e quandrante infeior ( tríceps sural e fásacia plantar).
Após a diminuição da dor e do processo inflamatório, a técnica e feita sobre a fáscia plantar com o objetivo de intervir nas aderências e fibroses instaladas a fim de restabelecer e ampliar a flexibilidade.


                

Fascíte plantar


A fáscia plantar é uma densa faixa de tecido conjuntivo fibroso que se origina na tuberosidade do calcâneo, dirigindo-se anteriormente para se inserir nas cabeças dos metatarsos. Sendo uma faixa de tensão, ela dá apoio ao arco longitudinal e auxilia na força de empuxo na corrida e nos saltos. A sobrecarga imposta a fáscia resulta em micro traumas e inflamação, sendo que a sobrecarga crônica pode levar à formação de tecido ósseo em resposta às forças de tração da fáscia plantar e dos músculos que se inserem na tuberosidade do calcâneo. Esta síndrome atinge cerca de 10% da população em pelo menos um momento da vida.
            Quando o calcanhar é elevado durante a propulsão ou a corrida em uma ladeira, o ângulo entre os dedos e o metatarso aumenta e a aponeurose é alongada. Quanto mais os dedos são flexionados, mas a aponeurose é alongada e , assim, o arco longitudinal é estabilizado. Porém, uma aponeurose plantar muito tensa também se torna um local potencial para lesões. Durante a propulsão vigorosa, pode ocorrer uma ruptura na origem da aponeurose ou nos flexores curtos dos dedos.
            Essa condição é muito comum em corredores que apresentam hiperpronação ou que apresentam pé cavo rígido e tendão de aquiles tenso. Em ambos os casos é exercida uma tração excessiva na fáscia que ode ser aumentada pelo treinamento em aclives ou em superfícies rígidas.




Sintomas e diagnóstico:

- O desconforto é incidioso no início;
- Duarante o início da atividade, a dor pode ser sentida na origem calcânea da aponeurose, mas tende a desaparecer com a continuidade da atividade. Durante o repouso diminuí.
- Rigidez pela manhã, que desaparece após o aquecimento, e um mancar doloroso quando o atleta se levanta da cama e começa a andar são comuns. O fenômeno do “arrastamento fisiológico”, no qual os tecidos se contraem durante a noite que não há descarga de peso, e depois são estirados forçosamente com o apoio do peso corporal pela manhã, pode explicar essa queixa freqüente.
- Esses atletas podem sentir uma dor ao parar sobre os dedos ou andar sobre os calcanhares,
- Pode ser sentida uma dormência ocasional, ao longo do lado externo da sola do pé,
- Pode haver um foco de sensibilidade e, algumas vezes, inchaço da região medial do calcâneo onde a aponeurose se insere,
- Algumas vezes, raios X mostram uma protuberância óssea ( esporão calcâneo) que se origina como uma reação irritante ao alongamento da conexão da aponeurose no calcâneo. O esporão calcâneo tem início na origem do músculo flexor curto dos dedos e se direciona distalmente e, em alguns caos na direção plantar. Somente 3% dos pacientes com fascíte plantar possuem esporão calcâneo, comparando-se com 15% dos paciente assintomáticos. Essa relação ainda não foi definida.

Bibliografia consultada:

PETERSON, Lars; RENSTRÖN, Per. Lesões do esporte: prevenção e tratamento,3 ed.São Paulo: Manole.
ANDREWS, Harrelson ET AL. Reabilitação física do atleta. 3 ed. São Paulo: Elsevier. 2005.

Eficácia da Acupuntura segundo a OMS

A partir de 1970, tiveram início diversos estudos científicos no sentido de comprovar a eficácia da acupuntura. Em 1979, a Organização Mundial de Saúde (OMS) editou uma lista com 41 doenças que apresentaram excelentes resultados com o tratamento de acupuntura. Após vinte e cinco anos de pesquisas em renomadas instituições do mundo, a OMS publicou o documento Acupuncture: Review and analysis of reports on controlled clinical trials, no qual expõe os resultados destas pesquisas. Neste documento foi analisada a eficácia da acupuntura – assim como das técnicas de moxabustão, ventosa, sangria, eletro-acupuntura, laser-acupuntura, magneto-acupuntura, massagem shiatsu / tuina e acupressura (pressão digital nos pontos) – em comparação com o tratamento convencional para 147 doenças, sintomas e condições de saúde.
A seguir apresentamos o resultado de eficácia da acupuntura, devidamente verificado pela medicina científica. Constam as afecções físicas, os distúrbios orgânicos, as desordens mentais e psicossomáticas, as condições específicas dos homens, mulheres e crianças, e os problemas oriundos do tratamento de câncer, cirurgias e dependência química.
Afecções físicas:
distensão muscular
alivio da dor e desaparecimento dos sintomas em 82% dos casos
dor cervical
eficácia em 67% dos casos
pescoço rígido
cura obtida em 80% dos casos após 1 sessão
espondilose cervical
melhora significativa
dor aguda na coluna
melhora imediata da dor
aumento significativo na flexão-extensão das costas
ganho na condição de manter o corpo ereto
dor lombar
eficácia em 72% dos casos (superior à medicação convencional)
ciática
acupuntura distal com agulha superficial: eficácia em 72% dos casos
acupuntura local com agulha profunda: eficácia em 96% dos casos
inflamação no tórax e costelas
cura obtida em 65% dos casos
dor no joelho
eletro-acupuntura: alivio completo da dor em 65% dos casos
“cotovelo de tenista”
eficácia em 62% dos casos
alívio da dor em 80% após a 1 sessão
periartrite no ombro
cura obtida em 66% dos casos
fibromialgia
melhora significativa
fascite na planta do pé
melhora significativa
osteoartrite
eficácia em 61% dos casos (superior à medicação convencional)
artrite reumatóide
acupuntura: alívio da dor e melhora dos sintomas gerais em 65% dos casos
eletro-acupuntura: alívio da dor em 90% dos casos
gota / artrite
melhora em 100% dos casos
redução do ácido úrico similar à medicação convencional
Afecções de pele:
acne
shiatsu / tuina: a acne desapareceu em 42% dos casos após 30 dias de tratamento
acupuntura: a acne desapareceu em 59% dos casos após 10 dias de tratamento
eczema
melhora razoável
irritação na pele
melhora significativa
micose
desaparecimento em 53% dos casos após 3 meses (eficácia superior ao tratamento com vitaminas C e E)
herpes zoster
desapareceram a dor e as sarnas após 1,5 a 6 dias
psoriasis vulgar
cura obtida em 85% dos casos
psoriasis eritroderma
melhora significativa em 50% dos casos
psoriasis pustular
melhora significativa em 50% dos casos
Afecções no pulmão e vias respiratórias:
gripe comum
melhora razoável
dor de garganta
melhora em 90% dos casos
amidalite
alívio significativo da dor e da febre
rinite alérgica
eficácia em 97% dos casos (superior e mais duradoura que a medicação convencional)
bronquite aguda
melhora significativa
asma
efeito antiasmático em 93% dos casos
maior ventilação pulmonar em 68% dos casos
doença pulmonar obstrutiva crônica
melhora significativa após 3 semanas
Afecções no coração:
hipertensão
eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
hipotensão
a pressão foi normalizada em 95% dos casos
doença coronariana e angina
melhora dos sintomas 85% dos casos
melhora na dor em 74% dos casos
melhora no eletrocardiograma em 69% dos casos
doença cárdio-pulmonar crônica
eficácia em 90% dos casos
neurose cardíaca
eficácia superior à medicação convencional
Afecções no fígado e vesícula biliar:
cólica biliar
eletro-acupuntura: eficácia em 72% dos casos
acupuntura: eficácia em 94% dos casos
cálculo na vesícula biliar
cura obtida e melhoria das funções biliares em 92% dos casos
hepatite B (vírus portador)
o vírus ficou negativo em 30% dos casos
o organismo produziu anticorpos em 50% dos casos
Afecções no estômago e intestinos:
dor abdominal
shiatsu / tuina: melhora em 96% dos casos após 1.3min
acupuntura: melhora em 98% dos casos
cólica estomacal
alívio da dor em 98% dos casos
cólica intestinal
alívio da dor em 98% dos casos
espasmo gastro-intestinal
alívio da dor em 98% dos casos após 30 min
soluços
melhora significativa
náuseas e vômitos
eletro-acupuntura: eficácia similar à medicação
acupuntura: eficácia em 90% dos casos
magneto-acupuntura: eficácia em 93% dos casos
moxa: eficácia em 98% dos casos
diarréia
melhora significativa
constipação
melhora significativa
hiperacidez no estomago
eficácia em 95% dos casos
gastrite crônica
melhora significativa
úlcera
acupressura: eficácia em 80% dos casos
acupuntura: eficácia em 97% dos casos
cólon irritado
melhora significativa em 93% dos casos
enterite (inflamação bacteriana no intestino)
cura obtida em 87% dos casos
a cultura de fezes ficou negativa após 7 dias
hemorróidas
moxa: cura obtida em 77% dos casos
Afecções no rins:
cólica renal
alívio da dor em 100% dos casos
calculo renal
eletro-acupuntura: pedras expelidas em 78% dos casos
acupuntura: cura obtida em 90% dos casos
retenção urinária traumática
eficácia superior à medicação convencional
incontinência
melhora significativa
infecção urinária recorrente
desobstrução do trato urinário em 85% dos casos
Afecções do sistema circulatório:
síndrome de raynaud (mãos e pés frios)
melhora significativa
aumento considerável do fluxo sanguíneo
flebite
melhora significativa
dor em tromboangite
eficácia em 93% dos casos
excesso de gordura no sangue
diminuição em 90% dos casos
Afecções do sistema nervoso:
enxaqueca
eficácia em 80% dos casos
tontura
eficácia em 75% dos casos
neuralgia do trigêmeo
efeito analgésico em 100% dos casos
neuralgia (dor dos nervos)
efeito analgésico em 100% dos casos
dor radicular (raízes dos nervos)
laser-acupuntura: melhora significativa
distrofia reflexa do simpático
melhora razoável
bexiga neurogênica
eficácia consideravelmente mais rápida que o tratamento convencional
lesão crânio-cerebral
cura obtida em 86% dos casos
arteriosclerose
eletro-acupuntura: aumento da memória, da inteligência e da capacidade de cuidar de si mesmo em 68% dos casos
coma
recuperação em 59% dos casos
AVC – seqüela: hemiplegia
recuperação em 66% dos casos
AVC – seqüela: perda da força muscular
recuperação em 75% dos casos
AVC – seqüela: desvio da boca e paralisia da fala
recuperação em 76% dos casos
AVC – seqüela: dificuldade de articular palavras
eficácia em 90% dos casos
paralisia facial
acupuntura: cura obtida em 77% dos casos
acupuntura c/ transfixação de pontos: cura obtida em 91% dos casos
acupuntura c/ sangria: cura obtida em 96% dos casos
paralisia causada por poliomielite
eficácia superior à medicação convencional
febre hemorrágica epidêmica
moxa: regula a micção, cura a perda de proteína pela urina e reduz o inchaço dos rins
Afecções do sistema endócrino:
obesidade
supressão do apetite em 95% dos casos
diabetes mellitus
redução do açúcar do sangue em 20% dos casos
Afecções dos órgãos dos sentidos:
olhos
sensibilidade
melhora em 50% dos casos
dor
eliminação da dor em 90% dos casos
secura nos olhos
aumento significativo dos fluidos dos olhos
conjuntivite
melhora razoável
vista turva
cura obtida em 50% dos casos
daltonismo
discriminação das cores melhorou após 3 cursos de tratamento de 7-12 dias cada

ouvidos
ataque súbito de surdez
eficácia em 90% dos casos após 2 semanas
zumbido
eficácia em 23% dos casos (superior à medicação convencional)

nariz
sangramento nasal
cura obtida em 85% dos casos
sinusite e obstrução nasal
melhora significativa

boca
excesso de salivação
diminuição da saliva em 97% dos casos
falta de salivação
aumento significativo da saliva
inflamação na gengiva
melhora razoável
dor de dente pós-tratamento
efeito analgésico com duração de 24 a 48 horas
dor de dente pós-cirurgia
efeito analgésico com duração de 2 a 3 horas
dor de dente após extração
melhora significativa
Afecções da cabeça:
dor de cabeça
shiatsu / tuina: alívio imediato em 48% dos casos
acupuntura: alívio imediato em 66% dos casos
eletro-acupuntura: alívio imediato em 80% dos casos
diminuição da freqüência em 50% dos casos
alteração significativa no exame de eletromiografia
dor crânio-mandibular
acupuntura tradicional: eficácia similar ao tratamento convencional (imobilização)
acupuntura intradermica: eficácia em 60% dos casos
disfunção da ATM
eficácia similar ao tratamento convencional
espasmo facial
shiatsu / tuina: eficácia em 40% dos casos
acupuntura: eficácia em 70% dos casos
Afecções psíquicas e psicossomáticas:
depressão
eficácia similar à medicação convencional, mas sem efeitos colaterais
ansiedade
eficácia superior à medicação convencional
insônia
o sono foi totalmente normalizado em 98% dos casos
síndrome do stress competitivo
eficácia em 93% dos casos
esquizofrenia
laser-acupuntura: eficácia superior à da medicação convencional (78% dos casos)
retardo mental
aumento de 21% no quociente de inteligência
aumento de 18% na adaptatividade social
Afecções masculinas:
impotência sexual (não orgânica)
eficácia em 60% dos casos
ejaculação precoce
eficácia em 83% dos casos
inflamação na próstata
alívio dos sintomas e melhora das funções sexuais superior à medicação convencional
Afecções femininas:
TPM
alívio completo dos sintomas, sem recorrência por 6 meses, em 92% dos casos
dor menstrual
melhora em 91% dos casos
cistite
moxa + shiatsu / tuina: eficácia em 88% dos casos após 1 a 2 meses de tratamento
obstrução da trompa
cura obtida em 81% dos casos
policisto no ovário
cura obtida em 94% dos casos
infertilidade
eficácia em 75% dos casos
menopausa
massagem + ventosa: eficácia em 77% dos casos
Gestação e amamentação:
enjôo
acupressura: melhora em 20% dos casos
acupuntura: melhora em 69% dos casos
moxa: melhora em 97% dos casos
correção da posição do feto
moxa: eficácia em 93% dos casos (aumenta atividade fetal e encaixa a cabeça do bebê)
indução ao parto
a dilatação do útero foi similar à oxitocina
as contrações uterinas foram inferiores à oxitocina
dor do parto
efeito analgésico considerado bom
lactação deficiente
eletro-acupuntura: aumento da lactação em 92% dos casos
Afecções infantis:
diarréia
1 dia de tratamento: cura em 82% dos casos
3 dias de tratamento: cura em 98% dos casos
coqueluche
cura obtida em 98% dos casos
convulsão
convulsões cessaram em 98% dos casos após 2 min de se colocar as agulhas
obesidade infantil
redução significativa dos níveis de gordura, glicose, hidrocortisona e tri-iodo-tironina
pós-entubação operatória
redução significativa do espasmo da laringe (5% dos casos)
encefalite viral (estágio terminal)
acupuntura + medicação: eficácia em 82% dos casos
Dependência química:
álcool
diminui a necessidade de ingerir álcool
tabaco
aumento na vontade de não fumar em 13% dos casos
redução no hábito de fumar em 20% dos casos
redução no prazer de fumar em 70% dos casos
cocaína
diminuição dos sintomas da abstinência em 44% dos casos
heroína
diminuição dos sintomas da abstinência (anorexia, suor espontâneo e insônia)
redução da freqüência do uso de heroína
desintoxicação de álcool
redução do álcool no sangue
desintoxicação de tabaco
redução da concentração de nicotina
Pós-operatório:
convalência
efeito analgésico superior e mais rápido que a medicação convencional
mal-estar e vômitos
eletro-acupuntura: efeito inferior à medicação convencional (50% dos casos)
acupuntura: efeito similar à medicação convencional (90% dos casos)
cirurgia de amídalas
alivio significativo da dor e da salivação
acelera a cicatrização
cirurgia de hemorróidas
melhora da dor e do desconforto em 77% dos casos
cirurgia de artroscopia
alivio significativo da dor
cirurgia cerebral
cura dos sintomas em 86% dos casos
dor do pós-operatório
reduz pela metade a quantidade de analgésicos narcóticos (ex. morfina)
dor após exame de endoscopia
eficácia similar à medicação, mas sem efeitos colaterais
recuperação
ganho de força muscular e de movimentos em 93% dos casos após 10 dias de tratamento
Câncer:
reações adversas ao tratamento de radioterapia e/ou quimioterapia
náuseas, vômitos e falta de apetite foram eliminadas em 93% dos casos
tontura e cansaço foram minimizadas consideravelmente
perda de leucócitos
acupuntura: aumento dos leucócitos em 87% dos casos
moxa: aumento dos leucócitos em 90% dos casos
dor causada por câncer
analgesia imediata: efeito em 70% dos casos (similar à medicação convencional)
analgesia prolongada: efeito em 92% dos casos (superior à medicação convencional)